Não consigo ainda conviver com a perda. Quem consegue? Mas com o passar dos dias, creio eu, que acabarei me conformando.
Sim, ainda perneia em minha mente pensamentos e lembranças.
Não sei porque apeguei-me tanto.
Talvez a necessidade vital de simplesmente não querer estar sozinho
Mas no final, estamos sempre sozinhos
Quando se passa por um problema e o orgulho não te deixa compartilhar
Quando as sombras se aninham sob sua cabeça e você vai se afastando de tudo e de todos
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Quero acordar desse sonho, quero levantar e enxergar um novo horizonte
Mas não consigo nem pegar o copo d'água que está longe do meu alcance
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É isso: o que está longe do meu alcance. É só isso que quero e desejo e por isso minha alma nunca está satisfeita. Sempre desejando mais e aquilo que é mais difícil alcançar.
Alguns conseguem essa proeza. No entanto, logo se vem novos desejos.
Porque a alma humana tem tanta dificuldade de se contentar com aquilo que tem?
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Ainda devo escrever muito pensando em você, ou melhor, no reflexo que essa ruptura causou em mim.
Já passei pelas fases de raiva, rancor e mágoa.
Hoje tento olhar pra trás e aprender. Não é esse o intuito?
Não quero achar culpados
Não quero retorno de nada
Quero só esquecer
Quero poder seguir em frente mesmo
Virar a página, sem precisar rasgar o livro
Mas não consigo, ainda.
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Talvez só preciso seguir o conselho de Mário Quintana e mudar a alma de casa.
E tudo isso passará. Eu passarinho.
Eu não queria mas eu precisava e não te completava. E vice-versa.
Não dividimos nada.
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